Se formar uma equipe já é desafiante, imagine uma equipe autogerenciada!
Se necessita tempo e esforço para criar o conceito, fazer que funcione bem e transformá-lo em cultura. Também, ao implantar este conceito de autogestão, é importante entender o ciclo da evolução natural de cada grupo.
Embora não todos os tipos de projetos sejam propícios para esta forma de organização, devemos estar preparados para a implantação desta mudança cultural quando necessário.
No ambiente de projetos, esta forma de trabalho significa uma mudança do relacionamento entre o gerente de projetos e a equipe, qualificado como de “comando e controle”, para uma abordagem colaborativa, utilizada eficientemente em equipes ágeis. A má notícia é que esta tendência está crescendo no ambiente corporativo e essa não representa a única mudança, ela se estende da supervisão à definição de salários, das metas de produção às hierarquias persistentes.
Uma equipe autogerenciada é um grupo de trabalho pequeno que divide a responsabilidade pela execução de uma tarefa, e onde pressupõe-se que os membros tenham capacidade e autoridade para supervisionar a si mesmos. É característica destes grupos que todos tendem a aprender todas as tarefas exigidas, diferente da tradicional, na qual as tarefas são divididas em partes menores, cada uma delas atribuída a um profissional com habilidades específicas.
Para atingir este objetivo com sucesso e nos adaptar as tendências modernas, precisaremos desenvolver algumas habilidades e técnicas. Eis aqui algumas orientações:
Seja prático e objetivo
A autogestão exige uma atitude mental diferente, você deve parar de pensar em termos de gerenciar por si mesmo e se concentrar em delegar poder e motivar. Se você é aficionado pelo estilo de gestão de comando e controle, as equipes autogerenciadas definitivamente não são para você. Exige tempo e dedicação.
A P&G comprovou que quando a autogestão funciona, há um aumento de produtividade de 10% a 20% em relação às equipes convencionais (Leigh e Maynard, 2008). Além disso, aumenta a satisfação do cliente e diminui a rotatividade de pessoal.
Entenda o ciclo da equipe
Para conseguir que as equipes autogerenciadas sejam bem sucedidas, é necessário conhecer alguns princípios básicos dos grupos e como alcançam um desempenho máximo. Eles são: formação, confusão, normatização, desempenho e aperfeiçoamento.
1 – Formação: a equipe é um conjunto de pessoas que estão começando a formar uma unidade que inicialmente deverá vencer dificuldades.
2 – Confusão: quando as pessoas começam a mostrar sua maneira de ver e de sentir, inevitavelmente os conflitos aparecem.
3 – Normatização: É a etapa de amadurecimento e acomodação, pois as pessoas entendem os pontos fortes e os fracos de cada uma, como também seus padrões de comportamento.
4 – Desempenho: Etapa de criação de confiança, respeito, entendimento e senso comum.
5 – Aperfeiçoamento: Processo de renovar e revigorar a equipe, após alguns insucessos, dificuldades e mudanças.
Solucione áreas de problemas
Para vencer a resistência à autogestão realize treinamentos, coaching, esclareça a função de cada pessoa da equipe, onde começa e termina a área de competência de cada uma.
Fomente a autonomia
Invista tempo desenvolvendo habilidades comunicativas e estabelecendo as melhores práticas para conclusão de reuniões e tomada de decisões.
Deve reagir aos erros e crises, transformando-os em oportunidades de aprendizado, realizando sessões de lições aprendidas de forma periódica.
Pratique o Empowerment
Delegue, delegue e delegue, para tomada de decisões e geração de autonomia. Abra mão do controle centralizado e a liderança informal surgirá naturalmente.
E agora com estas dicas você aceita o desafio da autogestão?
Para saber mais recomendo o livro: How to Grow Self-managing Teams de Andrew Leigh e Michael Maynard.
Eu sou Gerente de Projetos … e você?
Quebre Paradigmas
e prepare-se para o sucesso!
7 comentários em “Construindo Equipes Autogerenciadas”
O modelo passa a ser baseado em competências, vinculando a aprendizagem às necessidades estratégicas da empresa. Desta forma, a aprendizagem deve estar disponível sempre que solicitada, em qualquer hora ou local, deve desenvolver competências básicas do ambiente de negócios, em um processo contínuo de aprendizagem onde se aprende agindo objetivando melhorar o desempenho no trabalho e não só o desenvolvimento de qualificações. Outra forma de educação surgiu, aproveitando as facilidades proporcionadas pela melhoria crescente no serviço postal – os cursos por correspondência – surgindo aí a primeira prática de ensino à distância – EAD, que pode ser definido como qualquer interação entre estudante e instrutor, onde os participantes são separados pela distância, pelo tempo, ou por ambos. A aprendizagem torna-se, além de continuada, flexível para poder responder às necessidades do momento.
Estrutura de equipe- tem sido difícil implementar os conceitos de equipe na pratica. A cadeia vertical de comando sempre constitui um poderoso meio de comando seja das pessoas das funções ou dos processos, mas seu ponto frágil é jogar a responsabilidade para a cúpula e isentar a base da organização de qualquer compromisso. As equipes estão se tornando uma forma bastante comum de organizar as atividades do trabalho em geral as organizações estão utilizando equipes como seu principal meio de coordenação ao coordenar e integrar ela desmonta as antigas barreiras departamentais e descentraliza o processo decisório nas equipes isso faz que as pessoas tenham de ser tanto generalistas como especialistas. É comum encontrar equipes auto gerenciada cuidando de unidades estratégicas de negócios com total autonomia e liberdade. Os lideres das diversas equipes formam uma equipe a equipe lideres enquanto os executivos regionais também participam de uma equipe. Nas grandes organizações ainda baseadas no modelo burocrático a estrutura de equipe complementa a burocrático para aumentar a eficiência da padronização proporcionando flexibilidade e agilidade para o velho modelo. A maior parte das organizações de tecnologia como a Motorola usa equipes auto gerenciadas ou estruturam suas atividades e projetos de pesquisa em torno de equipes como a HP Boeing ela é transitória dura enquanto durar o projeto ou a missão. Podem participar mais de uma equipe como equipe de apoio, técnica ou operacional o importante é que os membros podem participar simultaneamente.
A noção de tempo desgovernou. O tempo interior, subjetivo, e o tempo exterior, aparentemente objetivo, não mais se entendem. Talvez nunca tenham se entendido às mil maravilhas, mas hoje o conflito é permanente. Como conciliar o trabalho com as outras necessidades da vida? O que é mesmo qualidade de vida? Essas questões são frequentes no coaching executivo, uma vez que as pessoas preferem conversar sobre isso com um coach externo a confrontar seu chefe com essas angústias. Nas megalópoles, a situação é ainda mais crítica dado o tempo que se gasta no trânsito. É uma angústia de vida, o tempo escorrendo e a vida passando. A expectativa de vida aumentou e as alternativas de carreira, também. Vivemos mais e com mais recursos que há três décadas. Mas será que, de fato, vivemos melhor? Mais possibilidades, mais desejos, mais escolhas, mais angústia. Coaching ajuda o executivo a lidar com essa angústia e tomar decisões nas três dimensões de liderança: a autogestão, a gestão de equipes e a gestão de mudanças culturais.
Olá Maria,
Estou começando o meu TCC e o tema escolhido foi equipes autogerenciáveis, achei muito interessante a parte que você falou da P&G e gostaria de saber mais desse processo aplicado na P&G você pode me informar algumas fontes?
Muito Obrigada!
Olá Camila, se conseguir recomendo o livro “Leading Your Team” de Nicholas Brealey e Coaching Agile Teams de
Lyssa Adkins.
Muito sucesso no seu TCC!
Abraço!
De maneira ainda empirica e tateando um bocado, estou, juntamente com minha equipe (5 pessoas e crescendo), implantando o conceito de autogestao.
Estamos em algum ponto entre o 3o e 4o ciclos, ou seja, amadurecendo juntos como time.
Confio no sucesso, especialmente pelo nivel de motivacao e maturidade de todos.
Como preciso aumentar o time, tenho encontrado certa dificuldade em encontrar profissional que entre na mesma velocidade que os demais.
Espero em alguns meses poder reportar o acerto dessa politica, que nao e a da companhia, mas na qual acredito e estou apostando.
Parabens pelo artigo e obrigado pelas dicas.
Sucesso!
Olá Marcelo,
Obrigada pela participação.
Realmente desenvolver equipes autogerenciadas é todo um processo. Avançará e terá conflitos um bom período até conseguir a estabilização com o amadurecimento dos envolvidos.
Seguindo os passos aqui indicados se facilitará seu caminho.
Espero que tenha sucesso e aguardamos os comentários sobre os resultados.
Abraço!