Por Maria Angélica Castellani
Quais são as tendências na Gestão de Pessoas, nesta época marcada pelos avanços da denominada “era digital”?
Quais devem ser as preocupações de uma organização que precisa formar uma equipe?
Quais os cuidados que deve ter para reter bons profissionais?
Conforme comenta a Isabel Meireles, na revista Exame de Portugal (Ed 399, julho de 2017): mais do que uma tendência, a gestão de talentos deve ser uma prioridade na estratégia das organizações, como forma de retenção e o meio mais eficaz para criar uma cultura organizacional que seja a base para o crescimento da produtividade.
Portanto, é necessário inovar e idealizar planos de desenvolvimento pessoal e de bem estar organizacional, que permitam aumentar o índice de retenção dos colaboradores e que fomentem o equilíbrio entre os interesses profissionais e pessoais.
Sabemos que não existe uma fórmula que garanta ter e reter colaboradores produtivos, inovadores e felizes. Mas existem algumas práticas que contribuem para fazer dos ambientes de trabalho, lugares mais produtivos e com pessoas mais felizes.
A diretora executiva da Egor Norte comenta que, na sua experiência a humanização das empresas configura o grande desafio da gestão. Compartilhar o conhecimento, os desafios, as dificuldades e os sucessos, fazendo que as pessoas se sintam parte do processo de crescimento e da tomada de decisões, representa um fator determinante para criar sentimentos de pertença, afetividade e fidelização para com a organização. Este sentimento incidirá diretamente na satisfação dos colaboradores, e porém na produtividade.
Sabemos que o desafio é grande, precisamos pensar mais, inovar, definir, testar e corrigir técnicas que nos permitam essa evolução na gestão de pessoas.
Colaboradores, não são iguais, respeitar as suas diferenças é também um fator chave. Portanto, as técnicas deverão ser flexíveis e adaptáveis a cada necessidade. Sair da caixa, renovar os conceitos, admitir que não podemos liderar profissionais da mesma forma que em cenários do passado. A era digital invadiu todas as organizações e com ela trouxe uma necessidade de repensar conceitos de gestão engessados, próprios da era industrial, já ultrapassada.
E o que dizer dos líderes para formar equipes eficientes?
Inspirada nos conceitos de Jack Welch, antes de ser um líder o seu sucesso tem a ver com seu crescimento pessoal. Depois de ser líder o seu sucesso tem a ver com o crescimento da sua equipe.
Isso exige mudança de paradigmas, necessidade de vencer barreiras e culturas, transpor certos conceitos e superar desafios.
Como influenciar então a sua equipe para que seja mais eficiente?
– Contagiando, transmitindo energia positiva e otimismo.
– Estabelecendo confiança com franqueza, transparência e consideração.
– Tendo coragem na tomada de decisões e seguindo a sua intuição.
– Incentivando o aprendizado contínuo, encorajando nos desafios, apoiando e fundamentalmente comemorando o sucesso.
– Aproveitando todas as oportunidades para inspirar.
Lembre sempre que não se é líder para ganhar um concurso de popularidade, você é líder para Liderar.
Sobre o Autor
Maria Angélica Castellani, PMP, CSM, CSD. Formada em Computação Científica pela Universidade Nacional de La Plata, Argentina, com MBA em Gerenciamento de Projetos e MBA em Negócios Internacionais, ambas pela FGV. Atua há mais de 20 anos em gerenciamento de projetos, melhoria de processos e implantação de PMO. Diretora da empresa FIXE Consulting & Training desde 1999. CPO da Empresa Swiss Dental Services de Portugal desde 2016. Palestrante nacional e internacional (Mercosul). Professora de Gestão de Projetos em várias Instituições. Co-autora do Livro Gestão de Projetos: Teoria, Prática e Tendências da Editora Elsevier, 2014.
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